O que é molly bloom?

Molly Bloom em "Ulysses" de James Joyce

Molly Bloom é uma das personagens mais famosas e complexas do romance "Ulysses" de James Joyce. Ela é a esposa de Leopold Bloom, o protagonista principal da obra. Embora Leopold seja o foco narrativo ao longo do dia 16 de junho de 1904 (data em que o romance se passa), Molly emerge como uma figura poderosa e independente, particularmente no último episódio do livro.

  • Função%20na%20narrativa: Molly não participa ativamente dos eventos do dia em si. No entanto, sua presença é constantemente sentida através dos pensamentos e preocupações de Leopold. Ela personifica o lar, a sexualidade, e a feminilidade, contrastando com a jornada intelectual e introspectiva de Leopold.

  • O%20monólogo%20interior: Molly é mais conhecida pelo seu famoso monólogo interior (também conhecido como "stream of consciousness") no último capítulo, "Penelope". Este extenso fluxo de pensamentos não pontuado revela sua perspectiva sobre o dia, seu casamento com Leopold, seus amantes passados, e seus desejos e fantasias.

  • Sexualidade%20e%20Desejo: A sexualidade de Molly é um tema central. Ela é retratada como uma mulher que aprecia o prazer físico e não se reprime em seus desejos. Seu caso com Blazes Boylan é um ponto de tensão no casamento, mas também serve como uma afirmação de sua própria autonomia.

  • A%20imagem%20feminina: Molly desafia os estereótipos tradicionais da feminilidade da época. Ela não é apenas uma esposa passiva ou mãe. Ela é uma mulher complexa com seus próprios pensamentos, desejos e imperfeições. Joyce usa Molly para explorar a experiência feminina de uma forma crua e honesta.

  • Relação%20com%20Leopold: O relacionamento de Molly com Leopold é ambivalente. Há carinho e memórias compartilhadas, mas também frustração e infidelidade. O monólogo de Molly revela que, apesar de seus casos, ela ainda sente um forte afeto por Leopold e até mesmo anseia por sua atenção.

  • "Sim"%20final: O monólogo de Molly culmina com uma afirmação, um "sim" entusiástico, que é frequentemente interpretado como uma aceitação da vida, do amor, e da própria identidade. É uma conclusão poderosa e ambígua que deixa o leitor com uma sensação de esperança e resolução.